Minhas Abordagens
O que é psicoterapia?
De modo claro, a psicoterapia é um tratamento para os transtornos emocionais e conflitos internos do ser humano. Assim como a medicina trabalha com a cura das enfermidades físicas, a psicoterapia, com base nas ciências da Psicologia, propõe a intervenção terapêutica para os problemas da mente.
Durante o processo psicoterapêutico, o paciente adquire mais autoconhecimento e aprende a reconhecer suas próprias emoções. Assim, tem início uma jornada de redescoberta de si mesmo, em que o indivíduo começa a identificar seus padrões de pensamento e comportamento e compreender seu emaranhado psíquico.
As várias teorias e técnicas psicoterápicas são norteadas por diferentes referenciais, que podemos chamar de abordagens terapêuticas. Não se pode apontar uma ou outra linha de atendimento como a mais efetiva, já que todas são guiadas pelo mesmo propósito — o de ajudar o paciente na compreensão e resolução de seus conflitos. O que muda de um processo para o outro é apenas o caminho percorrido.
O responsável por esse tratamento pode ser um psicólogo, psiquiatra ou um psicanalista. Na maioria dos casos, esse profissional somente é procurado quando o paciente sente que seu desempenho nas atividades diárias está prejudicado, devido ao seu problema emocional.
No entanto, vale ressaltar que todos deveriam experimentar a psicoterapia como forma de obter autoconhecimento, saber lidar com suas emoções e desenvolver o melhor de si. Isso porque mesmo as pessoas que se consideram mais equilibradas e bem resolvidas, vez ou outra, são afetadas por sentimentos e pensamentos incômodos.
1. Psicanálise
Criada por Sigmund Freud como o grande precursor.
Alguns dos conceitos da teoria freudiana foram tão difundidos que caíram no conhecimento do grande público.
Na terapia psicanalítica o terapeuta auxilia o paciente a resgatar e reintegrar conteúdos do seu inconsciente, desde os que aparecem em sonhos até aqueles que nunca são acessados. Assim, ele passa a compreender e lidar com os conflitos que vivencia no presente.
Isso é feito por meio de uma técnica chamada associação livre, que conduz o indivíduo a verbalizar livremente todos os pensamentos que invadirem sua mente, independentemente de seu teor. Esse método pode fazer emergir fatos reveladores, que não eram de conhecimento consciente da própria pessoa.
Outros conceitos bem conhecidos da psicanálise de Freud são a Teoria das Pulsões (pulsão de vida e de morte) e os elementos do aparelho psíquico (id, ego e superego). Outras linhas psicanalíticas, além da Freudiana, baseiam-se nas teorias de Carl Gustav Jung, Jacques Lacan, Melanie Klein, Wilhelm Reich, entre outras.
2. Behaviorismo ou Comportamental
O behaviorismo é, na verdade, a Psicologia comportamental, que tem como ponto central a análise e modificação dos comportamentos. O fundador dessa escola foi B. F. Skinner, que comprovou que nossas ações dependem das seguintes relações funcionais: estímulo antecedente – resposta comportamental – consequência.
Essa abordagem determina que o comportamento humano é modificado de acordo com os estímulos do ambiente em que estamos inseridos. Dessa forma, a terapia comportamental é um processo mais diretivo. O analista avalia quais as necessidades do paciente e propõe técnicas que o ajudem a modificar seus padrões de ação.
3. Terapia cognitivo-comportamental - TCC
Aaron Beck foi quem deu origem aos estudos dessa abordagem, quando entendeu a influência da cognição — pensamentos, percepções de mundo — sobre as emoções, comportamentos e o consequente desenvolvimento de transtornos nos pacientes.
Apesar de ter origem no behaviorismo, a TCC nasceu a partir de estudos que Beck realizou com o objetivo de testar as hipóteses de Freud sobre a depressão. Conforme a avaliação dos resultados, ele percebeu que a cognição estava relacionada com os processos de adoecimento psicológico.
Beck compreendeu que cada pessoa possui uma forma de ver o mundo. São padrões de pensar e agir que se constroem e se cristalizam de acordo com as experiências vivenciadas. E são exatamente os pensamentos disfuncionais que produzem emoções negativas e desencadeiam comportamentos inadequados ou autodestrutivos.
Trata-se de uma abordagem bastante diretiva e que pode ser aplicada em todos os tipos de transtornos com efetividade. O terapeuta cognitivo avalia os padrões e esquemas mentais do paciente até chegar à sua crença central, que dá origem às disfunções comportamentais.
A partir das técnicas cognitivo-comportamentais, o terapeuta propõe uma reestruturação cognitiva e ajuda o paciente a modificar suas crenças e assumir um novo repertório de pensamentos e comportamentos.